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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O mercado de Trabalho para profissionais de TI em Sergipe

Olá a todos, hoje resolvi escrever um pouco sobre um tema que tem me deixado intrigado, a carência de profissionais no mercado sergipano para preenchimento das diversas vagas que vem sendo ofertadas pelas empresas que atuam no mercado local.

O mercado sergipano de Tecnologia da Informação vive hoje um momento ímpar. Temos observado um crescimento exponencial do número de vagas ofertadas pelas empresas locais e infelizmente o número de egressos das instituições de ensino sergipano não consegue suprir, em sua totalidade, a oferta de novos postos de trabalho.

Muitas empresas estão tendo que buscar fora do estado o profissional com o perfil desejado, já que internamente esta captação não vem sendo possível.

O crescimento econômico do Brasil tem forçado às empresas investirem em tecnologia da informação para cada vez mais possam ter uma maior agilidade em seus processos e na tomada de decisão. Sabemos que é neste ponto que às necessidades empresariais encontram na informática as ferramentas necessárias para se alcançar o sucesso num mercado altemente competitivo.

Sabemos que a informática, para uma grande maioria das empresas, é uma atividade meio, sendo assim, quanto maior o crescimento, maior serão as demandas nesta área. Seja, a través do crescimento das redes de comunicação e infra-estrutura, ou através do desenvolvimento de sistemas e aplicações, o certo é que o crescimento é necessário e não podemos conter este movimento do mercado.

Hoje as empresas sergipanas começam a despontar num mercado nacional na área de tecnologia de sistemas e altamente competitivo, onde a exigência por produtos de qualidade é vital para a sobrevivência das empresas.

Enquanto à frente dos cursos de TI - Tecnologia da Informação da FANESE, recebo de vários empresários sergipanos a mesma queixa, a falta de profissionais para compor seus quadros, podendo assim atender a seus clientes e as demandas crescentes nesta área.

A questão da remuneração é outro ponto a ser levado em consideração. Tenho visto profissionais com conhecimentos básicos de programação serem contratados com valores de remuneração bem acima da média de outras profissões mais tradicionais. Não é difícil encontrar ofertas de bolsas de estágio com valores de R$ 500,00 a R$ 900,00 e salários com valores que podem chegar a R$ 3.000,00 para profissionais recém formados.

Então o que se esperar de um mercado com este potencial de crescimento? O lógico seria que tivéssemos uma grande quantidade de estudantes sentados às carteiras de nossas IES - Instituições de Ensino Superior com a sede de conhecimento e correndo freneticamente em busca de uma dessas vagas.

Isso seria o lógico, mas não é o que acontece. Na prática as IES hoje tentam captar seus alunos através de processo seletivo vestibular, mas o quantitativo de inscritos é sempre bem aquém da necessidade demandada pelo mercado, aliando-se a isso a evasão, efeito natural de todos os bons cursos de TI, temos como resultado um número de profissionais formados e com condição técnica a atuar no mercado bastante inferior à oferta de vagas por parte das empresas locais.

Precisamos então mudar rapidamente este cenário, de forma que aumentemos o número de egressos dos cursos de TI sem que haja uma perda na qualidade do profissional recém formado.

Este caminho passa principalmente pela divulgação em toda a sociedade deste novo cenário no mercado de trabalho local, bastante propício para os interessados na área de tecnologia. Precisamos fazer com que os meios de comunicação de massa colaborem com este processo de conscientização, a fim de se criar um movimento de que vale a pena avaliar a opção de se fazer um curso de TI na hora de escolher a profissão a ser seguida.

O que nos resta fazer? Enquanto IES a FANESE faz sua parte. Preocupada em atender ao mercado de TI, estamos aptos a receber estes alunos e dar a ele o conhecimento necessário para que sua formação o torne capaz de atuar como profissional que venha a suprir às exigências do mercado. O que explica o alto nível de empregabilidade de nossos cursos.

Precisamos trabalhar então de forma a captar nossa matéria prima, novos estudantes compromissados com o saber, para que possamos atender de forma satisfatória o mercado sergipano de TI.

3 comentários:

Andre Vinicius disse...

Prezado Prof. Ricardo Torres,
curiosamente, na última terça-feira
à noite recebi uma ligação de um colega que estava à procura de profissionais com determinado perfil. Ficamos horas no telefone discutindo possíveis candidatos justamente pela falta de qualificação. Ao final da conversa, a solução foi tentar contratar alguém e qualificar essa pessoa dentro da própria empresa. Acredito que essa carência também é caracterizada pela falta de continuidade nos estudos após a conclusão de uma graduação. Sempre passo para os alunos que além da graduação é necessário uma especialização, seja no caminho de uma pós-graduação ou na certificação de ferramentas e tecnologias aceitas no mercado. Hoje, isso é o mímino que as empresas estão procurando em um profissional.

James Clebio disse...

Acredito que Aracaju ainda possa se tornar uma referência no mercado de TI, gerando bons profissionais tanto para o mercado local como também para todo o país e até mesmo exterior. Mas ainda há muito o que se rever e melhorar nas grades dos cursos de tecnologia, principalmente nos que se referem à web. Por ver de perto, sei que na Fanese essa mudança vem sendo feita dia-a-dia, seja com discussões e reflexões entre docentes e alunos, seja com a chegada de novos professores... Ao meu ver, o mercado certamente irá preterir um profissional que em sala de aula vê Dreamweaver e CorelDraw ao que domina HTML, CSS e JavaScript... O certo é que a mudança deve ser constante e sempre numa ascendente. O ponto de vista e a preocupação do Torres sobre esse assunto é extremamente relevante.

a disse...

Bom dia meu caro amigo, vejo essa sua iniciativa de postar comentarios a respeito do mercado de TI no estado bem interessante, mas vejo também que os empresários aqui não dão o valor necessários aos profissionais de TI, que tem tamanha importância como qualquer outro, todos sabem que o esforço intelectual que desenvolvemos é grande e precisamos estar sempre atualizados na medida do possivel com as novas tecnologias, e mesmo assim ainda não somos reconhecidos. ao meu ver, vejo hoje muitas lojas de vendas de produtos de informática, e poucas empresas especialistas em algum seguimento, então o mercado não ajuda muito, espero que essa realidade mude na cabeça do empresariado do estado.