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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Como o Linux se encaixa no data center?







por Stefanie Hoffman | CRN EUA

03/11/2010


Os sistemas operacionais livres e gratuitos estão se mantendo no mesmo nível? Os grandes distribuidores de Linux estão fazendo sua parte?


Vamos deixar de lado os clichês e as especulações: o Linux funciona, e daí? As necessidades de quase todas as empresas de qualquer porte estão mudando drasticamente. Os sistemas operacionais livres e gratuitos estão se mantendo no mesmo nível? Os grandes distribuidores de Linux estão fazendo com que esta tecnologia seja fundamental na segunda década do século? As respostas mudam constantemente porque as expectativas também mudam. O Linux no data center agora precisa competir não apenas com  Windows e Unix, mas deve ser capaz de trabalhar em nuvem no setor público e privado e com soluções virtuais locais e não-locais. E o trabalho deve ser feito sem uma complexidade maior desnecessária.

A Novell, os distribuidores da Ubuntu Canonical e a Red Hat lançaram, há algumas semanas, versões de suas tecnologias que, segundo eles próprios, estão ajustadas para facilitar a integração de um melhor gerenciamento com soluções baseadas em nuvem e locais. É muito cedo para assegurar a importância que um impacto destes terá na tecnologia da informação, da mesma forma que ainda é muito cedo para avaliar o impacto da nuvem no mesmo âmbito.

Dois grandes inimigos das empresas de pequeno e médio portes continuam sendo o custo e a complexidade. Enquanto a sabedoria predominante sustenta que as soluções baseadas em nuvem têm um custo menor, ainda não se chegou a um veredicto quanto à sua complexidade. E ainda não está claro se o Ubuntu, a Red Hat e a Novell não são os culpados por colocar mais complexidade no intuito de tentar reduzir o custo.

Para tratar deste assunto que CRN Tech propôs começarmos a estudar os melhores procedimentos e métodos para integrar os melhores distribuidores de Linux dentro de um data center e até mesmo no desktop. Perto do fechamento, entretanto, a Red Hat e a Novell lançaram o que chamaram de importantes e novas estratégias na integração do Linux com o data center e a nuvem.

Nossa primeira análise mostra que enquanto a Novell, a Red Hat e até mesmo os construtores de Ubuntu deram um grande passo, nenhum deles apareceu com a tecnologia que esperávamos. Fizeram um bom começo e nada mais.



O Ubuntu da Canonical



O Ubuntu da Canonical foi indiscutivelmente o primeiro distribuidor de Linux a ganhar grande aceitação no desktop e por uma razão: era (e ainda é) tão simples e intuitivo de usar tanto o Windows como no Mac e era (e ainda é) baseado em download grátis.

Entretanto, o Ubuntu é mais do que simplesmente um sistema operacional de desktop. Os construtores do Ubuntu deram grandes passos nos últimos anos para construí-lo como um sistema operacional de servidor.  É um bom servidor e não necessita de muita técnica para instalar, não é um hardware pesado, e a Canonical começou a posicionar o software de servidor e o de desktop como completos, prontos para usar e amigável à nuvem. Para este fim, o Ubuntu subiu muitos degraus.

O grande triunfo do Ubuntu com relação ao baixo custo de serviços de desktop em nuvem mostra uma nova visão na integração com o seu Ubuntu One, armazenamento online baseado em nuvem. O Ubuntu One é simples e fornece 2 GB de armazenamento não-local gratuitos ou 50GB por US$ 10 ao mês.  Está em sua versão beta, atualmente, e seus construtores admitem que estão trabalhando arduamente para deixá-lo pronto em sincronia com o lançamento oficial do Ubuntu  10.04. Entretanto, será possível dar uma rápida e fácil olhada no serviço.

Mas isto é para desktop. Para o data center, a integração em nuvem do Ubuntu tem diversas abordagens. Para iniciantes, a Canonical lançou as Amazon Machine Images (AMIs) para suas três últimas versões do Ubuntu - versões 10.04, 9.10 e 8.04 - o que significa que a mais recente atualização da tecnologia hoje se integra com o Elastic Compute Cloud da Amazon.com.

Isto é importante por diversas razões:

    * A Amazon tem a maior diversidade geográfica e um dos mais confiáveis serviços de nuvem não-local.
    * A Canonical permitiu que grandes empresas aprimorassem as ferramentas de integração e desenvolvimento da própria Amazon.
    * O software de operação gratuito do Ubuntu aliado ao preço hiperagressivo da Amazon torna a solução altamente competitiva em termos de custo inicial de posicionamento - um grande diferenciador em potencial.

Ao contrário da Microsoft ou de outros provedores de Linux, o Ubuntu não tem uma camada de gerenciamento superior, que possa juntar tudo em um só. Isto pode trazer uma complexidade desnecessária para uma grande empresa, mas de qualquer forma, esta não deve ser a razão do fim de uma negociação.

O fato é que de todas as distribuições Linux que pesquisamos para as grandes empresas, o Ubuntu é provavelmente mais adaptado para a maioria dos posicionamentos de SMB. Isto, aliado a um início promissor de integração em nuvem, deixará um gosto de "quero mais". Não é uma solução perfeita para os data centers virtualizados, entretanto é uma boa solução e podemos recomendar.



Novell



A Novell fornece os sistemas de operação SuSE Linux Enterprise Desktop (SLED) e o SuSE Linux Enterprise Server (SLES), mas seus profissionais não gostam de ser chamadas de loja da Linux.

Entretanto, o fato é que o SuSE permanece uma solução de sistema operacional estável e já testado, que foi otimizado para os ambientes virtuais. Nossa instalação e avaliação do SLES 11 SP1 no VMware demonstrou um sistema operacional robusto que, com o novo gerenciamento e as ferramentas de segurança da Novell, produz uma fundação sólida para um ambiente em  conformidade e com uma carga de trabalho flexível. A Novell também adicionou uma integração com o EC2 da Amazon, que é um passo importante em direção às plataformas de entrega e tecnologia para o expansivo público de TI em nuvem.


Com uma suíte crescente na integração das grandes empresas e ferramentas em conformidade, incluindo sua recém-lançada versão do Identity Manager, Log Manager e outros, que impressionaram o centro de testes da CRN, a Novell está integrando virtualização e nuvem como parte de sua estratégia para entrar no mercado mais do que qualquer outro produto. De fato, a única coisa que os executivos da Novell dizem que não oferecem são os serviços fornecidos pelos VARs. 


Gostamos da abordagem do NaaS - "Nothing as a Service", ou seja "Nada como um Serviço" - em que a Novell fornece plataformas de gerenciamento de software, conformidade e rede.


De fato, a Novell é indiscutivelmente a empresa com a herança mais antiga de canais em tudo o que se refere a TI. É algo a mais que esta herança parece traduzir no que a empresa vê como novas oportunidades na nuvem e na virtualização.



Red Hat Enterprise Linux 5 (e RHEL 6 em versão beta)



A Red Hat está entre as empresas mais agressivas em fornecer integração de data center local e middleware, entretanto, até pouco tempo, a integração em nuvem era desconhecida.


A Red Hat está tentando apagar este ponto de interrogação com a Cloud Foundations: Edition One, seu recente pacote de software que tem o objetivo de fornecer uma entrada completa para o cloud computing público ou privado. Em outras palavras, a Red Hat está simplesmente agrupando ao Red Hat Enterprise Linux, diversas versões de sua plataforma de construção e middleware JBOSS, a Red Hat Enterprise Virtualization e mais produtos sob esta bandeira.


TeA instalação e a construção da Red Hat Enterprise Linux 5 (e RHEL 6 em versão beta) foram bem instaladas em um HP ProLiant ML110 no laboratório da CRN, entretanto, necessitou de um pouco mais de recursos do que o SuSE ou o Ubuntu. Do nosso ponto de vista, a Red Hat não produz uma distribuição ideal para o SMB ou para grupos de trabalho, por conta do investimento significativo no hardware, no treinamento e no serviço que estas empresas teriam que dispor para maximizar a plataforma. Além disto, em termos de construção de aplicação em nuvem local ou não-local, a Red Hat tem dificuldade em terminar com o JBOSS, como as plataformas e tecnologias da Microsoft, particularmente a recém lançada plataforma Azure.

Em outras palavras: a Red Hat não é um sistema completo. A empresa não tenta vender sua solução para empresas de pequeno porte.


Como um servidor único, a Red Hat Enterprise Linux Server 5 - cuja produção já está pronta, enquanto o RHEL 6 ainda está na versão beta - fornece suporte para um bom número de aplicações, funções (o stack LAMP é tão fácil ou mais fácil de instalar no Red Hat do que com o Ubuntu) e desempenho.


Fonte: http://www.resellerweb.com.br/







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